AMIZADE E POLÍTICA:


Vejam que interessante: Na política, o termo "amigo" se perde, pois tudo se mistura e se confunde. Chama-se de "amigo" aquele que faz parte do mesmo grupo político, que compartilha das mesmas ideias, politicamente falando.
É justamente aí que a confusão acontece. Não podemos gostar de alguém por pressão, por medo ou por dever.

Na essência da amizade encontra-se justamente a liberdade, o bem-querer, o gostar da pessoa sem pedir nada em troca. Aliado ao respeito e a compreensão. Vejam só: “O querer bem, muitas vezes compreende atitudes firmes e negativas”.

Quando, por exemplo: “percebemos que um amigo nosso está caminhando em direção a um buraco, deixaremos ele cair? Claro que não! Vamos alertá-lo para mudar a rota.
Se mesmo assim ele insistir: Se nós sabemos que ele vai cair, não devemos dizer o que pensamos? Devemos sim, mas se ele insiste, deixemos que vá, mas não necessariamente precisamos ir com ele.
Estaremos aqui do lado de fora para socorrê-lo, se necessário for. Não deixaremos de ser amigos, pois a amizade é maior que tudo isto.

Na política, agir assim costuma ser algo impossível. Se contrariamos, se agirmos firmemente em sentido contrário à ideia do nosso "amigo", seremos considerados “não-amigos”, mas adversários.
No grupo político, não há a liberalidade natural da amizade. Um não está ali porque gosta, porque admira. Está ali porque é apoiador do mesmo projeto político, é peça do jogo, portanto é natural que haja uma subordinação às estratégias do projeto.

Mas neste embrulho de confusões, devemos manter a serenidade e cultivar as amizades que temos, uma ideia ou ideal político não pode ser mais importante que o bem-querer entre dois seres humanos!


#escritorjeanandrade

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