APRESENTANDO O ESCRITOR JEAN CARLOS DE ANDRADE - CULTURALIZE OÁSIS CULTURAL

 

Jean Carlos de Andrade – Biografia Literária realizada pela página Culturalize Oásis Cultural

Jean Carlos de Andrade nasceu em Bom Repouso, Minas Gerais, e desde cedo aprendeu a enxergar poesia nas estradas de terra e asfalto que cruzam o país. Foi caminhoneiro por vocação, profissão que abraçou em 1994, mas também sempre foi mais: pintor autodidata, capoeirista, comunicador, professor de Letras e, acima de tudo, escritor e poeta. Mora atualmente em Estiva, no Sul de Minas, cidade que adotou como lar e inspiração para parte de sua obra.

 

Entre os giros de roda e os longos silêncios da boleia, Jean começou a registrar em diários os episódios que vivia, numa escrita espontânea e sincera, que mais tarde daria origem ao seu primeiro livro: Vida de Caminhoneiro.

Lançado de forma independente, o livro narra, com sensibilidade e humor, as aventuras da vida na estrada – incluindo sua participação como figurante na série Carga Pesada, ao lado de Antônio Fagundes e Stênio Garcia. A obra o levou a ser convidado, em 2012, para o programa Encontro com Fátima Bernardes, e, em 2014, a ser indicado à Academia de Letras de Goiás Velho (ALG) — tornando-se o primeiro caminhoneiro brasileiro a receber tal honra.

 

Em 2016, Jean foi destaque no programa Mais Caminhos, da EPTV Globo, no quadro “De Carona na Boleia”. No mesmo ano, recebeu da Câmara Municipal de Estiva a “Moção de Aplausos” por sua contribuição literária.

Em 2017, sua história inspirou o curta-metragem Rotina, produzido pela PBA Cinema e patrocinado pela Ford Caminhões, um tributo audiovisual ao livro que o revelou escritor. No ano seguinte, foi homenageado com o título de Cidadão Estivense, reconhecimento pelo qual carrega profundo orgulho.

 

Seu percurso literário inclui a publicação de diversos títulos que transitam entre poesia, crônica, espiritualidade e ficção: A Magia da Capoeira, O Espectador dos Milagres de Jesus, Viver em Bom Repouso, Emoções de um Corintiano, Pensamentos Poéticos, A Bella Luna, Compartilhando Poesias, Espaço Sagrado, Poesias Para a Vida, Café com Palavras e Fé Intimista. Obras que revelam não só a diversidade de temas que o movem, como também a alma inquieta de quem escreve para compreender a si mesmo e ao mundo.

 

Participou de dez antologias literárias nacionais, entre elas: Prêmio Valdeck Almeida de Jesus (2012), Poesias Para a Vida – Trânsito (2014), A Voz da Liberdade (2015), Literarte Celebra o Sul e Sudeste do Brasil (2019) e A Virtude da Esperança (2020).

 Em 2019, assumiu a Diretoria Municipal de Cultura da cidade de Estiva, cargo que ocupou com dedicação, reafirmando seu compromisso com a arte e a cultura popular. Ainda nesse ano, foi indicado à Academia Independente de Letras (AIL), em Pernambuco, instituição com a qual mantém forte vínculo até hoje.

 

Em 2021, foi selecionado para integrar a 3ª Antologia Poética – Abstração, e recebeu o Prêmio Apontador: Evidências Literárias, um reconhecimento nacional por sua trajetória marcada pela autenticidade e emoção. Em 2024, foi agraciado com o certificado Sella Literary, título de qualificação e posse literária.

 

Jean é um artista de múltiplas linguagens: pinta telas em momentos de introspecção, compõe versos com tintas de memória e fé, e desenha personagens inspirados em sua própria trajetória. Sua escrita nasce da necessidade visceral de registrar o vivido, o sentido e o imaginado. Se, no início, escrevia para si mesmo, hoje escreve para todos que desejam embarcar em uma jornada onde o amor, a fé, o cotidiano e a estrada se encontram na curva da literatura.

 

Mesmo sem ter sido um leitor voraz na juventude, sempre sentiu o impulso de escrever. Suas influências vêm tanto da infância acompanhada pelos quadrinhos de Maurício de Sousa quanto da admiração pelo lirismo de Carlos Drummond de Andrade. Ao longo dos anos, percebeu que a escrita poderia ser mais do que expressão: poderia ser legado. Por isso, voltou aos estudos e se formou em Letras, como forma de honrar o ofício que a vida lhe entregou e o talento que o destino lhe soprou.

 

Jean Carlos de Andrade escreve com o coração na boleia e a alma no papel. Cria com a liberdade de quem sabe que a arte é abrigo e voz, e publica com a consciência de que um livro pode ser ponte entre mundos, pessoas e tempos. Como ele mesmo define: “Escrevo para mim mesmo, mas se você gostar, também escrevo para você”. Em cada verso, em cada conto ou memória, deixa um traço de sua verdade — imperfeita, complexa, profundamente humana. E assim segue, estrada adentro, eternizando-se pela palavra.


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