A Conquista de Antigamente - Jean C. de Andrade
A Conquista de Antigamente
as
moças lindas e ainda donzelas, viviam á
paquerar
inocentemente na sacada de sua janela.
Conquistando
apenas com o olhar acompanhado de um sorriso, retribuído por aquele rapaz
inocente que tudo isto achava lindo.
Cabelos
lindos e bem tratados, usando um enorme vestido que por sua mãe foi costurado,
namoro de interior, de tempos passados, diziam os mais antigos que se namoravam
no sofá, mas com um metro afastado.
Pegar
nas mãos já era algo abusado, um beijo então,
teria
que ser escondido e ainda roubado, medo do pai
da
moça que era sistemático e muito bravo, se
passar dos
limites
com sua filha, há, já poderia se considerar um homem casado.
Tempo
de respeito e tradições, não existiam namoros
como
hoje nos portões, tudo feito com muito cuidado,
porém
com um olho no sogro e esperto com o chato cunhado.
Namorando
pela fresta da porta ou até mesmo pelo
buraco
da chave, não quer dizer que não houvesse exceções,
um
casal e outro sempre fugia em busca de fortes emoções,
casavam
escondidos ou simplesmente uniam os
corações.
Faz
parte de antigamente estas tradições, ficou
no passado
e
se perdeu no tempo das emoções, hoje o
namoro é agarrado,
apertado,
o casal as vezes é exagerado, nos deixam até mesmo
envergonhados,
mas faz parte da nova maneira de ser namorado.
O
Pai de hoje em dia é um pobre coitado, precisa olhar a filha
e
seu pretendido para que não façam nada de errado,
infelizmente
ele não dá conta e desiste deixando assim
viverem
o namoro sossegado, de modo mais calmo ficou
no
passado, hoje é mais paixão, viver o momento mas sem
esquecer
que daqui á nove meses poderá vir o
resultado.
Assim
nada mudou de fato, se isto por acaso acontecer,
o
casal de hoje estará igual ao de antigamente,
no
fim, estará também casado.
Extraído do Livro "Compartilhando Poesias" de Jean C. de Andrade
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