Algo incrivel foi deixado de lado...
Lamentavelmente ouve um boicote por parte da "FIFA" em apresentar
um paraplégico dando o chute inicial, algo que seria no centro do
campo mostrando para todos esta
conquista. A "FIFA" cortou tudo, a tão aguardada demonstração do
projeto Andar de Novo, dirigido pelo neurocientista brasileiro Miguel
Nicolelis, começou e terminou num piscar de olhos, foi por segundos, tão rápida
que a transmissão ao vivo pela televisão quase que perdeu o evento por
completo.
A expectativa era de que um paciente paraplégico caminharia
no gramado da Arena Corinthians e chutaria uma bola, usando para isso uma veste
robótica (exoesqueleto) controlada pelo cérebro. O que aconteceu, porém, foi
bem menos do que isso. Só um chute e quando as câmeras se viraram para o
paciente, ele estava parado sobre uma pequena plataforma vermelha, sendo
segurado por duas pessoas. Seu único movimento foi mover o pé direito
ligeiramente para frente, tocando uma bola de futebol que rolou até as mãos de
um garoto, que a levou correndo para o centro do gramado, onde a cerimônia de
abertura da Copa estava acontecendo.
Algo incrível de nossa
ciência não foi mostrada como deveria, nenhuma entrevista coletiva foi
organizada, nem antes nem depois do evento. No Twitter, o cientista comemorou o
feito com um post em inglês: “We did it!!!” (Conseguimos!!!).
Vídeos de pacientes caminhando com o exoesqueleto no
laboratório do projeto em São Paulo foram publicados pouco depois da
demonstração, na página de Nicolelis no Facebook. Nesses vídeos, o exoesqueleto
aparece sustentado a todo o momento por cabos presos a uma estrutura de metal
acima dele, de forma que os pés dos pacientes tocam o solo apenas suavemente a
cada passo. Estão caminhando, literalmente, pendurados: O exoesqueleto pesa
entre 60 e 70 quilos. Somado ao peso do usuário, o conjunto paciente-máquina
deveria pesar algo entre 120 e 140 quilos. A pessoa vestindo o robô chegou à
beira do gramado transportada por um carrinho motorizado (semelhante aos que
são usados para retirar jogadores machucados do campo).
Comentaristas da televisão disseram que a FIFA não autorizou
que a demonstração fosse feita no centro do gramado, porque o peso do robô
danificaria a grama.
(Fonte de pesquisa Jornal Estadão)
-Jean C. de Andrade-
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